Comentário de livro Bíblico: Miquéias

25/09/2006

 

Autoria
Miquéias foi contemporâneo de Isaías, no séc. VIII aC. Ambos concentraram seu ministério no Reino do Sul, Judá, incluindo Samaria (Israel) e “as nações”. No começo da sua carreira, Miquéias foi contemporâneo de Oséias também, um profeta que morava no Reino do Norte. Miquéias viveu numa cidade localizada a, aproximadamente, 32 km a sudoeste de Jerusalém e profetizou principalmente naquela região.

Seu nome pressupõe uma semelhança com o Senhor: “Quem, ó Deus, é semelhante a ti”.
 
Data
Miquéias profetizou, de acordo com sua própria declaração (1.1), durante os reinados dos reis do Sul, Jotão (740-731 a.C.), Acaz (731-716 a.C.), e Ezequias (716-686 a.C.). Visto que ele morreu durante a administração de Ezequias e antes da era que coincide em parte com Manassés (696-642 a.C.), uma data entre 704 e 696 a.C. parece ser provável.
 
Contexto Histórico da profecia
No período entre o início do reino dividido de Salomão (Israel ao Norte e Judá ao Sul) e a destruição do templo, muitos “altos” haviam sido introduzidos em Judá através da influência de Samaria. Isso colocou a idolatria dos cananeus em disputa com a verdadeira adoração no templo do Senhor (1.5). Miquéias mostra como essa degeneração espiritual levará inevitavelmente o julgamento sobre toda a terra. E, embora o rei Ezequias tenha tido uma notável vitória sobre Senaqueribe e o exercito assírio, Judá estava prestes a cair, a não se que a nação se voltasse para Deus, arrependendo-se de todo coração.
 
 
Esboço de Miquéias 
I. Repreensão do Senhor 1.1-2.13
  Contra Israel e Judá 1.1-16
  Contra opressores gananciosos 2.1-5
  Contra Falsos profetas 2.6-11
  Sobre todos, exceto um restante liberto pelo Senhor 2.12-13
  
II. A condenação dos líderes feita pelo Senhor 3.1-12
  Sobre os líderes que consomem o povo 3.1-4
  Sobre os profetas, exceto Miquéias 3.5-8
  Sobre os oficiais: chefes, sacerdotes e profetas 3.9-12
 
III. O anúncio do chamado dos gentios 4.1-5.15
  Atração de todas as nações pelo nome do Senhor 4.1-5
  Compaixão sobre o povo dependente e rejeitado 4.6-5.1
  O lugar de nascimento e a administração do Messias 5.2-6
  A restauração de um restante num lugar sem ídolos 5.7-15
 
IV. A apresentação da contenda do Senhor 6.1-7.6
  O seu cuidado redentor na sua história 6.1-5
  Suas expectativas para uma reação apropriada 6.6-8
  Seu fundamento para o julgamento do ímpio 6.9-7.7
 
V. A salvação do Senhor como a esperança do povo 7.8-20
 
  Apesar do julgamento temporário 7.7-9
  Apesar dos inimigos do povo 7.10—17
  Por causa da sua incomparável compaixão 7.18-20

 

Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor

Esta meditação foi enviada em 25/09/06 por e-mail.