Autoria
Embora alguns atribuam Malaquias a um escritor anônimo, ou considerado por outros ter sido o livro escrito por Esdras, usando o pseudônimo Mal’aki (“Meu mensageiro”), é melhor considerar o livro como escrito pelo próprio profeta. Malaquias não é mencionado em nenhum outro lugar na Bíblia, mas, de seus escritos, podemos aprender que ele teve um grande amor pelo povo de Judá e pelas cerimônias do templo. Ele foi, provavelmente, um contemporâneo de Neemias.
Data
A falta de menção de qualquer rei ou de incidentes históricos identificáveis torna a datação um tanto difícil. Agora, o uso de várias palavras persas no texto e a referência a um templo reconstruído (1.10) tornam a data pós-exílica simultânea com Neemias ou muito próxima (logo após) a mais provável.
O livro
Na sua declaração de abertura, Malaquias salienta o amor imutável de Deus por seu povo, devido à Sua misericórdia, que dura para sempre. Este é o fundo paras as reprovações e exortações que se seguem. Primeiro, o profeta salienta o desdém aberto e arrogante dos sacerdotes pela Lei e sua influência negativa sobre o povo. O profeta mostra que eles provocam muito a queda através do pecado. Portanto, ele os adverte de que o Senhor não será um espectador inativo, e que, a não ser que eles se arrependam, serão castigados severamente. Depois, ele salienta, em termos não ambíguos, a traição dos sacerdotes leigos no divórcio de esposas fiéis e casamento de mulheres pagãs que praticam adoração de ídolos. Isso é seguido por uma súplica fervorosa para vigiarem suas paixões e serem fieis às esposas da sua mocidade, dadas a eles pelo Senhor. O profeta, além disso, censura as práticas não-religiosas do povo, sua recusa da justiça de Deus e sua defraudação ao Senhor, por reterem os dízimos e as ofertas. Numa linguagem fervorosa e brilhante, Malaquias continua a descrever o tipo original do sacerdócio. Ele profetiza sobre o Sol da Justiça, sobre o Mensageiro do concerto e o grande e terrível dia do julgamento divino, no qual o justo será galardoado, e o ímpio, castigado. Finalmente, ele exorta o povo a observar as Leis dadas a Israel através de Moisés e promete a vinda do Messias e do seu precursor, Elias (João Batista). Essa declaração conclui o Antigo Testamento e o liga às boas-novas da provisão de Deus no Sol da Justiça descrita no Novo Testamento.
Esboço de Malaquias
O Título 1.1 I. O amor do Senhor por Israel 1.2-5 II. O fracasso dos sacerdotes 1.6-2.9 III. A infidelidade do povo 2.10-16 IV. O dia do Julgamento 2.17-3-5 V. Bênção no dar 3.6-12 VI. O destino do ímpio e do Justo 3.13-4.3 VII. Exortação e Promessa 4.4-6
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em 06/11/06 por e-mail. |