A outra janela

26/10/2007

 

Autor desconhecido
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A menina debruçada na janela trazia nos olhos grossas lágrimas e o peito oprimido pelo sentimento de dor causado pela morte de seu cão de estimação. Com pesar, observava atenta ao jardineiro enterrando o corpo do amigo de tantas brincadeiras. A cada pá de terra jogada sobre o animal, sentia como se sua felicidade estivesse sendo soterrada também.

O avô que observava a neta aproximou-se, a envolveu em um abraço e falou-lhe com serenidade:

- Triste a cena, não é verdade?

A netinha ficou ainda mais triste e as lágrimas rolaram em abundância. No entanto, o avô que desejava confortá-la chamou-lhe a atenção para outra realidade. Tomou-lhe pela mão e a conduziu para uma janela opostamente localizada na ampla sala. Abriu as cortinas e permitiu-a que visse o jardim florido a sua frente e lhe perguntou carinhosamente:

- Está vendo aquele pé de rosas amarelas bem ali a frente? Lembra que você me ajudou a plantá-lo? Foi em um dia de sol como hoje que nós dois o plantamos. Era apenas um pequeno galho cheio de espinhos e hoje veja como está lindo, carregado de flores perfumadas e botões como promessa de novas rosas.

A menina enxugou as lágrimas que ainda teimavam em permanecer em suas faces e abriu um largo sorriso mostrando as abelhas que pousavam sobre as flores e as borboletas que faziam festa entre umas e outras das tantas rosas que enfeitavam o jardim.

O avô, satisfeito pôr tê-la ajudado a superar o momento de dor falou-lhe com afeto:

- Veja, minha filha. A vida nos oferece sempre várias janelas. Quando a paisagem de uma delas nos causa tristeza sem que possamos alterar o quadro, voltamo-nos para outra e certamente nos deparamos com uma paisagem diferente.

Tantos são os momentos de nossa existência, tantas as oportunidades de aprendizado que nos visitam no dia-a-dia que não vale a pena sofrer diante de quadros que não podemos alterar. São experiências valiosas da vida, das quais devemos tirar lições oportunas sem nos deixar tragar pelo desespero e revolta que só infelicitam e denotam a falta de confiança em Deus.

A nossa visão do mundo é muito limitada. Mas Deus tem sempre objetivos nobres e uma proposta de felicidade para nos aguardar após cada dificuldade superada.

Se hoje você está a observar um quadro desolador, lembre-se de que existem tantas outras janelas, com paisagens repletas de promessas de melhores dias. Não se permita contemplar a janela da dor. Aproveite a lição e siga em frente com ânimo e disposição.

Agindo assim, o gosto amargo do sofrimento logo cede lugar ao sabor agradável de viver e saber que Deus nos ampara em todos os momentos da nossa vida.

 

Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor

Esta meditação foi enviada em 26/10/07 por e-mail.