Devemos nos envolver com a obra

31/03/2009

 

Neemias 7.70-73

70 Ora, alguns dos cabeças das casas paternas contribuíram para a obra. O governador deu para a tesouraria mil dáricos de ouro, cinquenta bacias e quinhentas e trinta vestes sacerdotais.
71 E alguns dos cabeças das casas paternas deram para a tesouraria da obra vinte mil dáricos de ouro, e duas mil e duzentas minas de prata.
72 O que o resto do povo deu foram vinte mil dáricos de ouro, duas mil minas de prata, e sessenta e sete vestes sacerdotais.
73 Os sacerdotes, os levitas, os porteiros, os cantores, alguns dentre o povo, os netinins e todo o Israel habitaram nas suas cidades. Quando chegou o sétimo mês, já se achavam os filhos de Israel nas suas cidades.


A obra de reconstrução do muro, estava em ordem. A volta pra casa, definida e registrada com os nomes dos que voltaram. Faltava a confirmação de um ponto muito importante para a Nação naqueles dias: a regulamentação da liderança no Templo, o sustento, a confirmação de quem faria esse trabalho. Para a Nação de Israel, a definição das coisas do Templo era muito importante!

Isso vinha desde a época da Tenda. As coisas giravam em torno do local reservado para a celebração cúltica. Era ali que o Senhor Se revelava, ali aconteciam os sacrifícios, era o centro religioso da Nação. Mas, muito mais que religioso, era o sinal de convergência da Nação, tanto religiosa como politicamente falando. O poder era estabelecido a partir desse espaço. Como escrevi acima, desde a época da Tenda, até o tempo do Templo. Era a forma de unidade da Nação, pois ali todos tinham que fazer as mesmas coisas, eram instruídos juntos (separados entre homens, mulheres e crianças, mas não por "classe social" - oficialmente, claro) e o poder político tinha que ser legitimado pelo Templo. Os "dois poderes" tinham que "caminhar junto".

Então, o estabelecimento do Templo era necessário para concluir a reconstrução da Nação. Muito mais que terminar as obras de construção, o sentido de Nação se restabelece. As pessoas confirmam que o poder está estabelecido e reconhecem isso ao participar ativamente do processo, com doações. Hoje em dia, muito mais que confirmar o estabelecimento de "Poderes", confirmamos com nosso engajamento na obra que confiamos Naquele que nos chamou, nos redimiu, nos perdoou e nos salvou! Claro que há pessoas que são chamados para a autoridade, mas nosso engajamento na obra não deve ser apenas para legitimar essa autoridade. Devemos reconhecer isso, claro. Agora, devemos nos unir para realizar a vontade do Senhor, todos nós. Não é necessário que apenas alguns sejam destacados para determinadas obras. Tal qual um corpo, onde cada parte tem uma função, mas o todo é importante, cada pessoa desempenha uma função no "corpo de Cristo" e estabelece todo o corpo. Mas não porque apenas determinadas pessoas podem fazer determinadas obras, mas porque cada um faz uma parte para que o todo possa acontecer. Não é como no tempo do texto, que precisava definir a linhagem, a descendência e ascendência para definir quem faria que obra. Mas ainda assim, cada um de nós deve doar, quer financeiramente, quer em trabalho e tempo, e de preferência unindo todos os pontos. Não por descendência familiar, mas por "corpo de Cristo", assumindo a sua função para o estabelecimento e o bom funcionamento do corpo!

Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor

Esta meditação foi enviada em 31/03/09 por e-mail.