1 Junto aos rios de
Babilônia, ali nos assentamos e nos pusemos a chorar,
recordando-nos de Sião.
2 Nos salgueiros que há no meio dela penduramos as nossas
harpas,
3 pois ali aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções;
e os que nos atormentavam, que os alegrássemos, dizendo:
Cantai-nos um dos cânticos de Sião.
4 Mas como entoaremos o cântico do Senhor em terra
estrangeira?
5 Se eu me esquecer de ti, ó Jerusalém, esqueça-se a minha
destra da sua destreza.
6 Apegue-se-me a língua ao céu da boca, se não me lembrar de
ti, se eu não preferir Jerusalém à minha maior alegria.
7 Lembra-te, Senhor, contra os edomitas, do dia de Jerusalém,
porque eles diziam: Arrasai-a, arrasai-a até os seus
alicerces.
8 Ah! Filha de Babilônia, devastadora; feliz aquele que te
retribuir consoante nos fizeste a nós;
9 feliz aquele que pegar em teus pequeninos e der com eles nas
pedra.
Este salmo é
situado no período do exílio. Mesmo que tenha sido escrito
depois, ele faz alusão ao tempo desse evento. Mas os
estudiosos entendem que ele deve ter a origem no período do
exílio mesmo. É um salmo que fala da tristeza do exílio na
Babilônia, além de demonstrar a chateação com os povos
vizinhos, que ajudaram nesse processo de destruição de
Jerusalém.
Saudade das árvores... saudade do lugar... saudade dos
cânticos... Saudade de uma vida. Era isso que o povo sentia no
Exílio. Apesar de não terem perdido completamente a identidade
religiosa, não estavam mais na sua terra, não tinham os
lugares queridos e conhecidos, não tinham o Templo. Mesmo que
pudessem manter algo de sua religiosidade, ela estava afetada.
E a saudade de lugares queridos era forte quando estavam longe
de tudo, ainda mais sabendo que muita coisa estava destruida.
Alguns cânticos não eram cantados durante o tempo de exílio.
Talvez por não ter força para tal, talvez por não quererem,
tentado se punir, não temos como afirmar a causa real. Como
existimos para exaltar ao Senhor, através de cânticos ou da
forma como vivemos, de palavras e testemunhos, isso nos faz
desejar a presenção do Senhor. Mas a distância no Exílio teria
afetado essa sensação também. O povo sabia do cuidado do
Senhor, acredito que mesmo que de forma limitada, sentiam e
testemunhavam, mas queriam mesmo era voltar para casa!
Sentimos isso muitas vezes! Ficamos com a impressão que algo
não está no lugar, que algo está faltando e até ficamos tão
chateados com quem colaborou para que passássemos por algum
problema, que pensamos o pior. O que precisamos é manter o
foco nas coisas do Senhor, deixar de lado essas coisas que
acontecem e chateiam e buscar a vontade do Senhor. Assim,
podemos manter o foco da busca, mesmo no meio de muitos
problemas. Eles podem continuar e ainda chatear, mas teremos
mais capacidade de entender e mudar a situação se continuarmos
buscando ao Senhor. Que consigamos isso!
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
05/08/10 por e-mail.
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