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Autoria
Desconhecida
Falamos muito em sentimentos, emoções, propostas de vida
diferentes daquelas que conhecemos e até mesmo que vivemos.
Sorrimos muito quando estamos apaixonados, dançamos, falamos
sozinhos, temos o chamado "pique" para trabalhar e estudar. O
coração salta nos olhos vivos e imaginamos um futuro brilhante
ao lado do ser amado.
Mas, um belo dia, acordamos e o sol não brilha mais, o céu
acinzentado nos abre a cortina da escuridão, do medo de viver. E
as lágrimas rolam, nascidas da nossa desilusão, do sentimento de
rejeição.
E, então, amargurados, odiamos o mundo, as flores, os pássaros,
os vizinhos, o trabalho, a noite, o dia... Abraçamos apenas a
dor da separação e, no fundo do poço, encontramos todo o nosso
potencial de angústia.
Alguém quieto, meio sem ser percebido, repetindo palavras
corriqueiras, simplórias, tenta nos chamar a atenção e,
pacientemente, se coloca ao nosso lado ouvindo o gritar da nossa
dor, dela compartilhando conosco, oferecendo-nos um sorriso meio
de lado, para não nos agredir.
Oferece-nos um copo de água, um passeio ao shopping, uma ida ao
cinema, uma roupa bonita, um caminhar junto. Meio sem saber, mas
sabendo de tudo, coloca-se como estátua ao nosso lado, esperando
o momento certo.
Estou falando de um sentimento que poucos nutrem e, por isso,
poucos conhecem. Estou falando da amizade, da calma, da
paciência, do bem querer, do respeitar, do falar alto sem
gritar, do sorrir no chorar, do ouvir, do aceitar, do acreditar
de que o amigo é capaz, mesmo quando não consegue andar. Queira
Deus que possamos, a partir de já, nos apresentarmos a ela. E,
assim, poderemos, amanhã, apresentá-la a alguém. Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
13/08/10 por e-mail. |