Atos dos Apóstolos 15.1-5
1 Então, alguns que
tinham descido da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos
circuncidardes, segundo o rito de Moisés, não podeis ser
salvos.
2 Tendo Paulo e Barnabé contenda e não pequena discussão com
eles, os irmãos resolveram que Paulo e Barnabé e mais alguns
dentre eles subissem a Jerusalém, aos apóstolos e aos anciãos,
por causa desta questão.
3 Eles, pois, sendo acompanhados pela igreja por um trecho do
caminho, passavam pela Fenícia e por Samaria, contando a
conversão dos gentios; e davam grande alegria a todos os
irmãos.
4 E, quando chegaram a Jerusalém, foram recebidos pela igreja
e pelos apóstolos e anciãos, e relataram tudo quanto Deus
fizera por meio deles.
5 Mas alguns da seita dos fariseus, que tinham crido,
levantaram-se dizendo que era necessário circuncidá-los e
mandar-lhes observar a lei de Moisés.
Alguns podem achar que aqueles que queriam que os novos
convertidos, mesmo gentios, passassem por circuncisão, estavam
querendo apenas tumultuar. Eu não vejo assim. O texto não diz
que eles estavam tentando criar problemas, mas que tais eram
pessoas que tinham crido, e ainda assim achavam que era
necessário seguir os ritos da Lei de Moisés, mesmo no caso de
novos convertidos gentios. Era um desejo exagerado por zelo com
relação ao que eles já acreditavam. Entendiam que a mensagem de
salvação agora alcançava outros povos, mas entendiam que algumas
coisas da Lei de Moisés ainda precisavam de observação! Apenas
isso.
Havia testemunho de muitos novos convertidos, fora do Judaísmo.
E aqueles que aceitavam a mensagem, dentro ou fora do Judaísmo,
reconheciam que a mensagem era para todos. Os que não
reconheciam isso, perseguiam esses novos convertidos. Mas alguns
judeus, convertidos, ainda entendiam que alguns dos ritos deviam
ser mantidos. Era realmente necessário buscar no Senhor o
caminho a se seguir. Afinal, fazer tal rito não seria errado,
pois fazia parte da Lei de Moisés! Mas ainda era necessário?
Essa era a questão!
Isso vai gerar ainda uma reunião. Quando algo era errado, desde
o começo havia certeza no caminho a se tomar. Mas esse não era
um caso de erro: era o caso de saber se era necessário ou não
seguir fazendo algo. Se Deus já estava confirmando a conversão
de tantos sem isso, era realmente necessário tal procedimento? E
se fosse, era para fazer! Mas eles precisavam de entendimento do
Alto e não apenas de posições pessoais pois, como escrevi, não
era algo errado, era questão de saber se era necessário ou não.
Assim, fica para nós como exemplo: há coisas que são erradas e
delas devemos fugir! Mas do que não é errado, mas ainda assim
levanta discussões, que possamos apresentar as razões que
entendemos, mas mais que querer que essas sejam observadas, que
queiramos que o próprio Senhor nos dê entendimento do que é
certo ou errado, ou melhor, do que devemos fazer, mesmo que não
seja errado, mas se não for para fazer, que não façamos, para
fazer a vontade de Deus em tudo. Mas, permitindo o Senhor, ainda
iremos escrever mais sobre isso na sequência desse texto!
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
16/11/10 por e-mail. |