Normalmente nas sextas-feiras, como hoje, enviamos uma mensagem
de outro site, uma ilustração, algo assim. Mas hoje vamos
aproveitar este espaço para contar uma história que vivemos há
alguns dias:
Estava com meu terno azul, dirigindo, e notei que precisava abastecer
o carro. Foi possível chegar no posto que meu carro é abastecido
na maioria das vezes. Mas fui atendido por uma pessoa que não me
lembro de ter sido atendido antes.
Parei o carro, vibro
abaixado e pedi, como costume em dias de álcool mais caro, para
abastecer com gasolina comum. O atendente perguntou, como
algumas (muitas) vezes fazem se eu não preferia gasolina
aditivava. Disse que não e pedi segunda vez para completar com
gasolina comum.
Mais uma vez o atendente resolveu confirmar se eu não preferia
gasolina aditivada. Achei estranha a insistência, mas
educadamente respondi que não, que preferia gasolina comum. Para
minha surpresa, o atendente resolveu comentar sobre uma
"raspadinha" que o posto estava dando para quem abastecesse
acima de determinada quantidade de litros. E emendou que iria
completar o tanque com a aditivada.
Olhei para ele e
confirmei, mais uma vez, que queria a gasolina comum e que se a
tal "raspadinha" era para quem abastecesse com a aditivada, ela
nem me interessava. Depois de quatro tentativas de me fazer
ouvido, consegui que meu carro fosse abastecido com a gasolina
comum que eu havia pedido desde o começo.
Não sei se ele
ganharia alguma comissão no caso do abastecimento com a
aditivada. Achei muito estranha toda aquela insistência. Mas,
como de costume, enquanto abastecia, desci do carro. Como estava
de terno, o atendente perguntou se eu era advogado. Respondi que
era pastor, que até pensei algumas vezes sobre fazer direito,
mas como não tinha recebido nenhuma confirmação do Senhor,
preferi não fazer.
Nesse momento, o atendente me
questionou sobre como a gente conseguia ouvir o que o Senhor
falava, pois ele era interessado em entender, ouvir e saber como
ouvir. Continuei a conversa, dando algumas informações de como
isso acontece comigo, paguei e fui embora.
Mas pouco
depois de sair do posto, fiquei pensando... Se não era capaz de
ouvir ou ao menos aceitar o que uma pessoa de carne e osso
falava, como ele poderia ouvir do Senhor?
Somos rápidos
em falar e até mesmo a chegar em conclusões sobre as coisas. Mas
é tão difícil para nós conseguirmos ouvir as outras pessoas. E
isso me fez pensar muito sobre essa questão de ouvir o Senhor:
como vamos ouvir o que Ele tem a nos dizer não aprendemos nem
mesmo a ouvir as outras pessoas? O Senhor falará ao nosso
coração. Poderá ser com voz audível, mas poderá não ser! Se não
aprendemos a ouvir as vozes audíveis, corremos o risco de não
ouvir o que o Senhor tem pra nos dizer.
Assim, que
possamos aprender a ouvir o que as pessoas querem nos dizer.
Algumas vezes chegamos a conclusão que alguém nos disse algo que
nem mesmo disse! E que usemos esse aprendizado para discernir o
que o Senhor tem pra nos dizer. Que comecemos ouvindo as pessoas
e que possamos ampliar esse aprendizado de "ouvir" para ouvir
aquilo que o Senhor tem pra nos falar.
Forte abraço.
Em Cristo,
Ricardo, pastor
Esta meditação foi enviada em
10/08/12 por e-mail. |